Memórias de ofícios – história dos artesãos de ofício em São Paulo

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Antonia Terra de Calazans Fernandes

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O livro decorre de pesquisa sobre a história dos artesãos de ofícios mecânicos na cidade de São Paulo no período colonial e, a partir da conceituação desses profissionais, identifica oficinas de artesãos no bairro paulistano da Vila Madalena, na década de 1990.

Foi organizado a partir de tese de doutorado defendida em 1997.

Aponta para algumas características do artífice contemporâneo, que diferente do trabalhador da indústria, domina alguma habilidade profissional e todas as etapas de produção, não sendo possível enquadrá-lo nas clássicas divisões de trabalho das fábricas. E constata que as oficinas continuaram a preencher os espaços da cidade, mesmo que escondidas em residências ou anunciadas por tabuletas fixadas nas portas e janelas.

O livro apresenta, assim, uma das tarefas do historiador que é estudar realidades nem sempre homogêneas e nem lineares. Podem ser contraditórias, diversificadas e heterogêneas e, neste sentido, é possível explicar a presença do trabalho artesanal hoje e em outros tempos, enquanto convivência e interação com outros modos de vida predominantes, como pontuar as contradições que conjuga por estar imerso nessas realidades

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SUMÁRIO

Apresentação

Introdução

Parte I – Arte, artesanato e indústria

1. Permanência do artesão de ofício

1.1. Os artesãos em São Paulo

1.2. O predomínio do trabalho assalariado

2. Os artesãos da Vila Madalena

2.1. As histórias dos artífices

2.2. O mundo do trabalho

2.3. O aprendiz, o oficial e as especializações

2.4. Arte e ofício

Parte II – Os oficiais mecânicos

3. Os artesãos dos séculos passados

3.1. Os oficiais mecânicos em São Paulo

3.2. Os artífices: pequena parcela da população

3.3. Os institutos e escolas para artífices

3.4. Outros tempos, novos cenários

Conclusão – Memórias de Ofícios

4.1. As mãos que falam

4.2. Memória e História

Fontes e Referências Bibliográficas