Quem Tem Medo de Teoria? – A ameaça do pós-modernismo na historiografia Americana
José Antonio Vasconcelos
Neste livro, José Antonio Vasconcelos apresenta um mapeamento da conjuntura intelectual norte-americana do final da década de 1980 a nossos dias, buscando assim explicar o confronto entre o pós-modernismo e seus adversários no campo da historiografia. Mais do que uma corrente teórica bem articulada, o pós-modernismo constitui na verdade um conjunto difuso de posicionamentos, cuja característica comum consiste na recusa dos grandes modelos explicativos. No caso específico da historiografia, os autores pós-modernistas revelam uma acentuada tendência a questionar a objetividade na escrita da História. A obra tem como fio condutor uma polêmica desenvolvida nas páginas da American Historical Review no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Ao descartar a necessidade do contexto como referência obrigatória na reconstrução do passado, argumentam os pós-modernistas, os historiadores estariam se abrindo a novos modos de representação dentro de seu campo de estudo. Trata-se de um debate extremamente rico, no qual as questões levantadas ultrapassam as fronteiras da História enquanto disciplina e estabelecem um profícuo diálogo com a Teoria Literária e a Filosofia da Linguagem.
Sumário:
PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO (CÉLIA AZEVEDO)
introdução
CAPÍTULO I – SITUANDO O DEBATE
1. A HISTORIOGRAFIA AMERICANA ATÉ A DÉCADA
DE 1980
1.1. Da abordagem “científica” ao culto do consenso na
historiografia americana
1.2. Vozes dissonantes: a Nova esquerda americana e as
minorias sociais
1.3. A influência dos movimentos de direitos civis
2. A PERCEPÇÃO DE UMA CRISE EPISTEMOLÓGICA
3. O DEBATE TEÓRICO NA AMERICAN HISTORICAL
REVIEW
20 quem tem medo de teoria?
CAPÍTULO II – A HISTÓRIA SITIADA
1. AS SINTOMÁTICAS PREOCUPAÇÕES DE UM
HISTORIADOR
2. HISTÓRIA E PÓS-MODERNISMO
2.1. Como definir o pós-modernismo?
2.2. O pós-modernismo e a escrita da História
3. HISTÓRIA E PÓS-ESTRUTURALISMO
3.1 Estruturalismo e pós-estruturalismo
3.2. Identidade e diferença: de Descartes a Nietzsche
3.3. Pós-estruturalismo: Foucault e Derrida
3.4. Para onde vai a História a partir de agora?
4. A ANTROPOLOGIA CULTURAL
4.1. A abordagem estruturalista
4.2. A abordagem culturalista
4.3. História e Antropologia: entendimentos e desacertos
5. O NOVO HISTORICISMO E A HISTORIOGRAFIA
CONTEMPORÂNEA
5.1. Novo Historicismo e Nova Crítica
5.2. Novo Historicismo e Crítica Marxista
5.3. Características gerais do Novo Historicismo
5.4. Novo Historicismo e Historiografia
6. O PÓS-MODERNISMO: UM MAL A SER ELIMINADO?
CAPÍTULO III – A ABORDAGEM PÓS-ESTRUTURALISTA
DE J. DERRIDA
1. A DESCONSTRUÇÃO
1.1. A desconstrução em Derrida
1.2. A desconstrução na Teoria Literária
José Antonio Vasconcelos 21
2. A POLÊMICA COM A FILOSOFIA ANALÍTICA
2.1. A crítica ao fonocentrismo
2.2. A crítica de Derrida à teoria dos atos da fala
CAPÍTULO IV – O QUE ESTÁ EM JOGO NO ARTIGO DE
HARLAN?
1. AS INSUFICIÊNCIAS DE HARLAN E DE SEUS
CRÍTICOS
1.1. A crítica de Harlan às teorias de Skinner
1.2. A desconstrução na ótica de Harlan
1.3. Os críticos da abordagem pós-modernista da História
2. A CONFIGURAÇÃO POÉTICA NA ESCRITA DA
HISTÓRIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ISBN: 978-65-86255-21-8
Formato: 16x23 cm
Paginas: 260
Preço:R$ 60,00