






Rock cá, rock lá – a produção roqueira no Brasil e em Portugal (1970-1985)
Paulo Gustavo da Encarnação
Desde o encontro entre Bob Dylan e os Beatles, em 1965, o Rock se mostrou como uma forma cultural internacional. Mais do que seu antecedente, o Rock and Roll, um gênero musical criado pela força da música negra dos EUA, o Rock não se apresentou como um gênero musical, ao contrário, se criou como uma ampla variedade de sons e formas musicais. Do engajamento político às experimentações musicais, o Rock não trabalhou na esfera de gêneros nacionais, de identidades nacionais. Sua força propulsora estava localizada em outro tipo de identidade: a juventude – um protagonista social que extrapolava os limites do nacional. Neste sentido, ainda que em seus primórdios o Rock estivesse concentrado nas cenas musicais da Inglaterra e dos EUA, em pouco tempo se espalharia pelo mundo, do mesmo modo que a força juvenil (de contestação, mas também
de consumidores de produtos da indústria cultural global) não se limitava a esses dois países. As cenas musicais em pouco tempo se espalhariam para outros países, cada uma delas contento ao mesmo tempo suas especificidades locais e o caráter internacional do Rock. Sendo assim, o que o leitor tem em mãos agora, é um livro que aborda o momento de ampliação das cenas musicais do Rock, focado em dois países de língua portuguesa: Brasil e Portugal. Apoiado em referenciais da história comparada, o livro de Paulo Gustavo da Encarnação é uma contribuição valiosa para o entendimento do caráter internacional do Rock, bem como de suas especificidades locais. A partir dos anos 1970, o Rock, cada vez mais, estaria lá, cá, e em todo lugar.
José Adriano Fenerick (Departamento de História FCHS – Unesp/Franca
coeditor: Fapesp
SUMÁRIO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – PLANET ROCK
A rotulação está no coração da cultura pop: um pequeno
prólogo
Rock: um jeito de ser e uma maneira de se expressar
Rock: uma miscelânea de difícil definição
Rock à margem: das fímbrias para o âmago da sociedade
CAPÍTULO II – ROCK BANDIDO
Sobre guedelhas e cabeludos
Delinquência, rebeldia e atitude
“Cabeças partidas”: violência sob e sobre o rock
CAPÍTULO III – EM DEBATE: NACIONAL VERSUS ESTRANGEIRO
Festivais lá, festivais cá
Ser ou não ser nacional, eis a questão
Rock com banana, rock com bacalhau
CAPÍTULO IV – NO EMBATE: ALIENADO VERSUS
POLITIZADO
Ser ou não ser politizado, eis outra questão
Rebeldes sem, por ou com causa? Rock e juventude
Rock de caserna: a força “armada” roqueira
Mestre, eu vi El Rei andar de quatro
CONSIDERAÇÕES FINAIS – NOTAS FINAIS
LOCAIS DE PESQUISA
Arquivos, bibliotecas
FONTES
BIBLIOGRAFIA

ISBN: 978-85-8499-132-7
Formato: 16x23 cm
Paginas: 284
Preço:R$ 50,00